Certa vez eu assisti a um documentário sobre dinossauros, onde disseram uma coisa muito curiosa: pelo porte agigantado dos bichos, o corpo demorava um longo tempo para descobrir que o cérebro havia morrido, e continuava se movimentando por horas ou dias. Acredito que o ERP esteja hoje neste estado: morreu, mas pelo tamanho deve ainda demorar bastante tempo para descobrir.
A maioria dos sistemas de gestão empresarial (ou ERP) existentes no mercado possuem mais de 25 anos de estrada. São sistemas que cresceram muito, tendo sido surrados por mudanças de legislação e solicitações esquisitas de clientes malucos. Ao invés de evoluir, esses sistemas incharam, acumulando complexidades desnecessárias e recauchutando telas através de sucessivas cirurgias plásticas – mas se você olhar com cuidado verá que a mesma telinha DOS do monitor de fósforo verde ainda está lá, sob uma pele artificial de modernidade.
O mundo mudou muito nas últimas duas décadas, só que mais do que isso, mudaram as pessoas. Nesse período vieram ao mercado de trabalho duas novas gerações, as chamadas geração X e a geração Y, sendo que esta última já nasceu na era digital e possui outra visão de como as coisas são, ou deveriam ser. Os “nativos digitais” são imediatistas, individualistas e querem tudo aqui e agora.
Então imagine o impacto de se colocar uma pessoa como essa, nascida e criada na web, para usar um sistema concebido há mais de 20 anos que é engessado, burocrático, complicado e principalmente... feio de dar dó! Ouvimos frequentemente frases como “Eu não precisei fazer curso pra usar o Facebook, por que preciso de uma semana de treinamento para usar esse sisteminha ?”, e mais ainda “Por que isso é tão caro?”.
Pode ser duro encarar a verdade, mas chega uma hora que nós, desenvolvedores de software, devemos parar de nos esconder atrás de frases defensivas do tipo “que pergunta mais idiota desse usuário” e começar a estudar o que realmente conquistaria esse novo público. Chega uma hora que temos que olhar de forma diferente para o mercado e perceber que todos que não se adaptaram a essa nova ideia tem sido abandonados sem dó nem piedade pelos seus jovens clientes, pois outra característica dessas novas gerações é a baixíssima fidelidade a marcas ou ao que quer que seja.
O poder mudou de mãos
Há 20 anos, o poder estava concentrado no dono da empresa. Ele comprava um software ou contratava um desenvolvimento e depois enfiava isso garganta abaixo da empresa, pois as organizações eram quase sempre baseadas no velho conceito de “comando e controle”, então “quem tem juízo obedece”. Isso ainda acontece por aí, só que cada vez mais as pessoas são cobradas por resultados e não pelo cumprimento de tarefas, o que muda radicalmente o eixo do poder para as mãos do usuário: se essa pessoa estiver trazendo bons resultados para a empresa, ganha automaticamente o poder de simplesmente boicotar um software ou um projeto, a ponto de fazer a iniciativa capotar caso entenda que a velha planilha ainda é melhor. Portanto, o usuário virou o centro de tudo que deve ser pensado em sistemas, e a facilidade de uso o caminho para cativá-lo.
Simples versus simplório
Já ficou claro que a tolerância dos usuários ao “facelift” de sistemas antigos está chegando ao fim. O ERP como conhecemos está morto, assim como seus primos mais glamorosos, o BI (Business Intelligence) e o BPM (Business Process Management). Ninguém quer mais um velho cirurgicamente tratado se passando por teenager, e a solução mais comum de quem tentou achar a fórmula do rejuvenescimento foi o “apelo ao simples”, ou seja, “agora nós temos aqui um sistema mais simples”. Só que aí cometeram outro grande engano. Confundiu-se simples com simplório.
Simples é sofisticado, simples é encapsular a complexidade e resolver tudo em um click mágico. Simples é, na verdade, a coisa mais difícil que existe de ser feita. Por outro lado, simplório é ignorar a complexidade, é ser despojado, incompleto, é pegar um atalho falso rumo à difícil satisfação desse novo usuário. Em outras palavras, um jovem sem conteúdo pode até agradar no início, mas logo é descartado por ser inútil.
Começando novamente...
Faz tempo que eu queria escrever sobre isso, pois muita gente que conhece minha história pergunta: por que você largou um ERP que criou há mais de 20 anos para começar do zero?
Entre outras coisas, porque observando os meus clientes, comecei a perceber essas mudanças. Vi que precisávamos ter visual jovem, mas conteúdo maduro. Uma forma de se comunicar com o usuário que fosse simples, intuitiva e agradável, mas tendo por trás uma estrutura sólida e consistente.
Cansei de ouvir pessoas dizendo “ERP é commodity” e pior ainda, “ERP é tudo igual: um monte de telas, com um monte de campos, que dá um monte de problemas”.
Além disso, percebi que o retorno do investimento em ERP estava ficando muito duvidoso. Quase ninguém mais conseguia, na prática, gerenciar uma empresa com um sistema desses, mesmo para os “felizardos” que ganharam camadas de BI e BPM - mas que ainda não eram capazes sequer de gerar um simples DRE (demonstrativo de resultados) que preste, sem precisar perder meses com um zilhão de configurações e customizações para isso.
Enxergando o negócio através de processos
Está muito enganado quem pensa que enxergar o negócio é ver uma tela com uma infinidade de gráficos e reloginhos com dados sobre vendas, finanças, estoques, etc.
Meus nobres colegas consultores e vendedores de sistemas de BI e cockpits de gestão que me desculpem, mas isso tudo serve para muito pouca coisa no final do dia. Na verdade, mal e porcamente acompanha-se o desempenho do negócio, mas não se gerencia o negócio por ali. Entender tendências dos números e gerenciar são coisas muito muito diferentes. BI serve para você dizer: “é... tal coisa vai mal...”, mas não serve para saber quais ações precisariam ser tomadas agora. E sem esse papo furado de que “BI é estratégico, não operacional”. A velocidade para transitar da estratégia para a tática e a execução são a chave do sucesso dos negócios atualmente, e não podem mais ser vistos separadamente.
O segredo está aqui: para gerenciar de verdade é necessário enxergar mais do que um punhado de indicadores, é necessário enxergar os processos em tempo real e principalmente, de forma resumida. Gerenciar é ter a capacidade de chegar de manhã na empresa e saber “em quais atividades devo me concentrar para as coisas andarem”, simples assim. Tenho certeza que você já sentiu falta disso.
E para isso você não precisaria nem de BI (Business Intelligence) muito menos das super complexas ferramentas de BPM (Business Process Management), caso tivesse um ERP simples e objetivo que englobe apenas o essencial de ambos, pois ter todas as informações é o mesmo que não ter nada. Basta tentar imaginar a Internet sem o Google para entender isso. Ninguém precisa de todas as informações. Precisamos das informações certas e em um formato que seja útil.
Portanto, aqui vai a última paulada de hoje: BI e BPM servem para pouca coisa além de preencher buracos deixados pela incompetência dos ERPs. Ah, ok, servem para ganhar um bom dinheiro, é verdade.
Concluindo
O novo usuário dos sistemas de gestão está acostumado com o mundo web, onde as coisas são usualmente gratuitas ou de baixo custo. Daí vem o seu sentimento de valor. Com o sistema de gestão, não seria diferente - ele quer pagar muito menos do que se entendia como razoável há 5 ou 10 anos – tanto pelo sistema quanto pelos serviços que sejam necessários.
O choque para os desenvolvedores de sistemas está sendo muito grande. Éramos uma turma acostumada a faturar alto com cada cliente e entregar algo personalizado e burro, e depois ainda vendíamos mais produtos para tapar buracos deixados pelo produto anterior. Mas felizmente, esse usuário está acordando e começando a achar caro pagar alto por um negócio assim.
Para a conta fechar pelo lado do desenvolvedor do sistema, é necessário repensar, padronizar e evoluir, mas nivelando por cima e não por baixo. Adeus aos sistemas grandes e caros. Temos que fazer menos e melhor, não fazer mais, pois o dinossauro está morto – só não caiu ainda.
Marcelo Lombardo
www.omie.com.br
Prezado Marcelo.
Entendo o seu artigo, mas diria que a palavra "Morto" poderia ser substituída por "Moribundo".
Enquanto não há alternativa viável, ele continua a sobreviver.
Da forma como está você matou um Baiacu para comer mas ainda não sabe onde está a glândula do veneno para retirar e poder comê-lo.
Adeus.
Posted by: Jose Ribeiro | 03/12/2014 at 15:11
José Ribeiro,
O veneno está em ficar parado. A maior definição que existe de insanidade é passar a vida somando 2 + 2 e esperar que o resultado alguma hora mude. Em qualquer ERP, você clica em “Incluir Clientes” ou “Cadastrar Conta a Pagar" e aparece um formulário pedindo 500 campos. Abra um trial no www.omie.com.br e tente incluir um cliente. Depois veja como administrar "Ordens de Serviço". Eu disse que não tenho todas as respostas, mas estou indo atrás, e já tenho algumas :-)
Sucesso, Marcelo
Posted by: Marcelo Lombardo | 03/12/2014 at 15:34
Caro Marcelo,
Mesmo não tendo a respostas vc representa OMIExperience e perdeu a chance de mostrar uma nova abordagem no sistema http://www.omie.com.br/
Eu de minha parte vou dar uma olhada nesta solução. Futuramente comentarei o assunto.
Abraço,
Heber
Posted by: Heber Belluzzo Teixeira | 03/12/2014 at 15:44
Olá Marcelo,
Que bom que existem tantos profissionais como você, inclusive os que postaram os comentários acima. Vocês realmente fazem a diferença no mercado, separando os "computeiros" de quem realmente entende de análise de sistemas e negócios em grandes empresas. Continue assim, divulgando ideias tão sensatas como essa, que você nos ajuda a aumentar ainda mais o valor do trabalho de consultorias de ERP sérios, diferentes do que você fez na sua casa.
Posted by: X | 03/12/2014 at 17:56
Olá "X", o cara que se sentiu tão ameaçado que ficou até anônimo!
Mas tudo bem, não precisa de nome, eu conheço você, olha só!!! Você vendia seu suposto talento por 250/hora no tempo das cavernas, quando todos eram cegos, depois caiu pra 150, depois pra 100 e agora deve estar brigando pra conseguir uma "quarterização" por 50/hora através do representante do parceiro do subcontratado do fabricante de ERP. Isso é porque você decidiu fazer parte do passado, manter-se lá e ainda se orgulhar disso, acorda e renova ae!!!!
Posted by: Marcelo Lombardo | 03/12/2014 at 18:28
Boa noite Sr.Marcelo
Concordo com você, quando fala da questão ERP, pois estou criando um novo produto para substituir um velho ERP que nossa empresa mantém a mais de 27 anos, e estou seguindo este conceito de criar um produto muito simples, mais muito completo e com ótima acessibilidade.
Mais quando você fala do B.I. , passo a não concordar pois precisa conhecer um produto fantástico que e o QlicView, este sistema tem um conceito totalmente diferenciado de tudo que a no mercado, procure conhecê-lo e favor emitir suas opiniões fico no aguardo.
Renildo Anunciação
Diretor Comercial
Rei Informática
Posted by: Renildo Anunciação | 03/12/2014 at 22:48
Parabéns Marcelo! Nos faz refletir... Abraço
Posted by: Roberto Trevizan | 04/12/2014 at 07:56
Marcelo, gostei da sua análise. Sempre é bom pensar adiante e a melhor maneira de inovar é desconstruir o que está engessado e abordar o problema sob nova ótica.
Encontrei seu artigo em outro blog apenas com uma menção de fonte no final. Li como se fosse de outra pessoa pois em nenhum momento (exceto no final) o blogueiro citou que era um artigo copiado. Normalmente quando se faz isso a fonte é colocada logo no inicio e quem o faz acrescenta comentários ou contribuição ao texto original, endossando-o ou não. Sugiro que inclua uma advertência de copyright para evitar que seus textos sejam clonados (ou pelo menos alertar que você está de olho).
Posted by: Edson Roberto Pontes | 04/12/2014 at 18:34
Marcelo, parabéns pelo artigo bem provocativo que faz pelo menos, refletimos e pensar, o que não estamos acostumados a fazer!
Além disto precisamos estar preparados para NUVEM, pois menos de 5% dos softwares aplicativos de negócios são CLOUD NATIVE!
Eis aí uma excelente oportunidade para os próximos 5 anos!
Posted by: Carlos Alberto Sacco | 05/12/2014 at 11:04
Olá Marcelo! Espero que esteja bem.
Assim como você, sou um dos inconformados nesse mercado e inclusive falamos várias vezes sobre isso.
Há muita coisa pra se compreender ainda sob esse tema, pois ainda não há garantias de que as novas tecnologias não vão te deixar na mão em poucos anos. Sei, por exemplo, de grandes investimentos em Silverlight, Wpf, frameworks, etc, que depois de alguns anos nos deixam de cabelos em pé.
Acredito piamente que os modelos criados 20, 30 anos atrás ainda tem seu valor (especialmente para o acionista), por outro lado vejo vários caras desse mercado (assim como eu e você) focando nas pequenas empresas e em um nível de automação que simplifica a vida dessas, pois em minha simploria visão, quem maltrata/judia do ERP são em sua grande maioria as aquisições de outras empresas, as fusões (em alguns casos confusões) e as cisões que precisam incluir sistemas satélites, extensões mal planejadas e desenvolvidas (abaps, advpls, integrações toscas, etc...).
Focando nos pequenos e em melhores práticas (que jamais serão aceitas por grandes e densas corporações) certamente construímos modelos muito mais dinâmicos e flexíveis (diferente dos ditos dinossauros) e como o número de pequenas empresas é gigantesco o investimento em algo que custe pouco e que não dependa de especialistas para a implementação (a implementação poderia facilmente ser feita pelo proprio cliente/usuario) é um excelente investimento com retorno garantido.
Por outro lado, o ERP já morto e morto pela densidade de processos complexos de organizações que só visam o lucro (independentemente de processos toscos que foram enfiados à força no contexto do ERP standard não tão flexível), terá uma sobrevida longa nas grandes corporações, mas deixará de ser comprado pelos pequenos que preferirão focar em novos modelos tais como o Omie.
Rastreei, recentemente, mais de 20 novos produtos que pensam e fomentam um mercado ERP novo para pequenos negocios e diante de um movimento tal como esse fica claro que suas palavras estão certas e que estamos vendo um movimento no sentido de simplificar a vida dos pequenos.
Totvs, Oracle e SAP também querem esse mercado, mas se movimentam como um transatlantico e por isso não tem dado tanta atenção às questões simples e óbvias dessa mudança.
Lecionando desde 2008 sobre esse movimento, sugeri recentemente a um professor/doutor/pesquisador de ERPs no Brasil que ele acompanhe o movimento dos fornecedores que estão criando ERPs mais simples e emblemáticos para pequenas e médias e para termos mais informacoes academicas sobre o tema.
Grande abraço!
Samuel Gonsales
Posted by: Samuel Gonsales | 07/12/2014 at 08:40
Pessoal, desculpem, mas os produtos TOTVS (Protheus, RM, LOGIX e Datasul) nao morreram. Pelo contrario. A TOTVS segmentou seus sistemas e adotou cada melhor solucao, para cada segmento. (hj sao 10). Outra coisa: morrer um ERP que foi concebido a 20 anos atras, concordo. Mas também nao é o caso da TOTVS, que se reinventa todos os dias.
Posted by: Marcelo | 09/12/2014 at 12:00
Senhores, após ler o texto de nosso colega, eu entendo as colocações dele, mas o fato do ERP mudar a forma de operar e as suas capacidades de conectividade, interatividade e acesso não o matam conceitualmente, apenas a maneira pela qual o mesmo é construído, vendido e implantado, mas continua a ser um ERP. Eu entendo que estamos passando não pelo do fim do ERP mas pelo começo de um novo modelo de ERP muito mais distribuído e conectado, muito mais fácil de usar, dar suporte e implantar, mas essencialmente continua a ser um ERP. O primeiro fato que impede mudarmos o nome é que apesar dos novos ERP terem capacidades de BPM e conectividade SOA, não mudam o fato de continuarem a exigir governanças apesar do modelo de governança ser modificado e continuam a ter necessidade de integração dos processos, porém, com menos dependência de código. Aliás, acredito que não só o ERP continua, como ele agora passa a ser muito mais verticalizado e muito mais capaz de se integrar com as coisas do dia a dia, inclusive, podemos pensar na internet das coisas como um dos pontos de impacto para os próximos dois anos.
Posted by: Rodrigo Vidal | 10/12/2014 at 23:22
Marcelo, Eu estou contigo !
Sinto na pele todas as colocações de seu artigo e entendo que o grande mercado para sistemas inteligentes de Gestão não está nas empresas multinacionais com dezenas de filiais e sim no middle Market. Este mercado hoje não aceita soluções complexas e caras e não venha dizer para eles que precisam seguir as famosas "boas práticas" de um produto já instalado em milhares de empresas!!! Não cola !
Só tem um problema em tudo isto: está difícil achar uma boa solução !!! Abraços !
Posted by: Antonio Tupinambá | 11/12/2014 at 15:12
Boa tarde a todos,
Gostei muito do texto, é provocativo e nos faz pensar em como fazer acontecer pois o mundo mudou.
Nossa empresa passou por clipper, cobol, hoje está com java e quando iniciei vendia o sistema sem mostrá-lo pois as telas eram muito feias, porém o sistema entregava o que devia, importante continua entregando.
O que tenho visto atualmente são sistema web muito bonitos e simples, as vezes chego a me cadastrar para buscar ideias porém os sistemas não entregam o que preciso. Enquanto utilizo recursos simples de cadastros tudo é funcional, quando preciso formar um preço, gerar informações fiscais a informação é incompleta, errada ou confusa.
O que pude aproveitar do texto é que "os mais antigos" conseguirem fazer o que sabem deixando os sistemas mais funcionais para a nova geração não seremos extintos. O grande dilema é que a nova geração, em muitos casos, não estou generalizando tem medo de pensar e quer tudo pronto porém o velho custo x benefício é difícil de ser calculado, pois entregar conveniência a preço de varejão é complexo.
Valeu pelo texto e pelos comentários de todos pois consegui confirmar algumas impressões que tenho do mercado e agora posso fazer como o Marcelo e juntar as perguntas, algumas respostas e formular nossa estratégia.
Posted by: Anderson Filipin Romero | 17/12/2014 at 14:08
Marcelo, parabéns.
Comecei a usar ERPs em 1991 Datasul, após usei Logix e SAP hoje uso Totvs Protheus 11.5 em minha própria empresa.
Tenho 46 anos e acho que comecei a utilizar ERPs bem no seu inicio, nestes anos percebi que os sistemas não acompanham a necessidade do usuário cada dia fica mais difícil trabalhar com eles devido a quantidade de informações que devem ser imputadas aos mesmos.
Tenho uma necessidade que nenhum sistema atende e busco desenvolvedor a 4 anos é uma solução simples para quem entende de programação, mas quando peço isso a um empresa de software eles pedem valores que ficam fora de minha realidade, e sempre vem com uma solução complicada ao invés de simples e prático. Conheço o seu sistema e sei que ele será um dos melhores produtos que o mercado terá no futuro.
Parabens,
Aluísio
Posted by: Aluisio | 19/12/2014 at 14:39
O Anderson disse tudo o que adianta mudar a cara de algo que acaba na mesma ideia dos ERPs? Neste âmbito onde ficam as customizações de clientes, campos específicos, rotinas idem ?
Enfim idéias novas com conceitos antigos.
Posted by: Jagger | 22/12/2014 at 17:35
Ótimo texto, parabéns!!!
Mas essa onda atual de dar poderes ilimitados aos usuários é bem arriscada, visto que pessoas são instáveis e nem sempre realmente comprometidas.
Apoiar o usuário é indispensável, mas mimar é algo bem diferente.
Posted by: João | 27/01/2015 at 00:46
Marcelo,
Claríssimo! Acompanhei várias trocas de sistemas ERP e imagino como é difícil para os profissionais da área aceitar que estão com um dinossauro moribundo nas mãos e mais, convencendo o comprador de que é uma ave veloz que levará embora todos os problemas da empresa. Parabéns!
Posted by: FREDY TEJADA | 22/04/2015 at 10:49
Vejo muitos sistemas com excesso de procedimentos burocráticos que poderiam ser automatizados, eliminando várias etapas de digitação e preparação. Por ser programador sei que isso não acontece por que há a chamada "preguiça do programador". Isto é, o programador, para reduzir seu trabalho, transfere para o usuário muitas etapas do processo que poderiam ser evitadas.
Com relação ao ERP, fiz vários cursos do Protheus e fiquei decepcionado. Fiquei chocado mesmo com a complexidade de uso e de configuração. É realmente um mostro incontrolável. Convivi com alunos desses cursos que relatavam problemas incríveis, e custos idem para a manutenção e correção do sistema. Resultado: desisti.
Posted by: Waldyr Skuya | 23/04/2015 at 10:17
critica e critica mas não coloca nenhuma solução...
É a mesma coisa que criticar o capitalismo (que está morto do mesmo jeito) e não propor um sistema social que funcione...
Criticar é fácil... quais são as reais alternativas ao sistema ERP?BPM? e BI?
Posted by: Erika | 21/09/2015 at 21:49
Oi, Erica
Você está confundindo reconhecer a existência do problema com criticar. "Alôoooo, está tudo errado, sacou? Acorda!!!!" E além disso, não percebeu que eu digo o principal: como é o novo usuário. Isso obviamente diz como a nova geração de sistemas deve ser.
Mas tudo bem, estou super acostumado com o seu tipo de argumento, que prefere deixar tudo do jeito que está certamente porque:
1 - está lucrando com esse lixo que está no mercado;
2 - está super bitolada nos microsigas da vida;
3 - tem preguiça de pensar ou simplesmente não tem criatividade.
Então presta atenção: está vindo aí uma nova geração de sistemas na nuvem, eles estão evoluindo rapidamente, eles não carregam todo o lixo de 30 anos de remendos que você tanto ama. E se você continuar desse lado do muro logo estará sem emprego, avisei!!
Posted by: Marcelo Lombardo | 22/09/2015 at 00:18
Olá Marcelo, como vai?
Muito bom o texto, tive que comentar ao ler este trecho:
"Simples é sofisticado, simples é encapsular a complexidade e resolver tudo em um click mágico. Simples é, na verdade, a coisa mais difícil que existe de ser feita. Por outro lado, simplório é ignorar a complexidade, é ser despojado, incompleto, é pegar um atalho falso rumo à difícil satisfação desse novo usuário. Em outras palavras, um jovem sem conteúdo pode até agradar no início, mas logo é descartado por ser inútil."
Fantástico,
parabéns.
Henrique
Posted by: Henrique de Moraes Vieira | 18/01/2016 at 20:17
Este ML viaja na maionese, vem de ERP falido agora vem com outra maravilha tecnológica paga empresas até 2 usuários, acorda rapaz...rs
Posted by: jagger@ig.com.br | 29/02/2016 at 11:26
Adoooooooro quando alguém ataca com uma análise pobre e simplista, sem se identificar. O ataque terrorista anônimo é a última alternativa dos perdedores e incompetentes kkkkk
Posted by: Marcelo Lombardo | 29/02/2016 at 11:36
Marcelo Lombardo
Eu entendi sobre as limitações de tecnologia, e também entendi sobre a necessidade de atender essa nova geração acostumada com tecnologia e querendo que as coisas se resolvam "num clique mágico".
Porém na empresa onde trabalho, a implantação do ERP além de agilizar o processo, diminuiu a mão de obra.
Vou dar um exemplo somente do CD, onde tínhamos 3 turnos, dois galpões, e mesmo assim a empresa não conseguia atender a demanda.
Hoje com a implantação do WMS (do Protheus, rsrs), temos apenas um galpão, 2 dois turnos, e uma demanda de vendas muito maior que antes.
Te garanto que o gerente de logística está bem contente.
Isso é só uma parte do que o ERP melhorou.
Demorou mais de ano para implementar, foi moroso e foi preciso bastante foco e determinação, mas não consigo imaginar uma forma de implementar esse ganho de desempenho num "clique mágico".
É lógico que a ferramenta pode ser melhorada, mas acho que o "clique mágico" seja uma Utopia, um veraneio no paraíso.
Principalmente, porque além dos problemas que temos que acertar no ERP, temos que adaptá-lo às regras de negócio da empresa, e ainda mudar a cultura de trabalho da empresa.
Então mesmo que o ERP não tenha nenhum problema, que tenha tecnologia de ponta com poucas telas, e se adapte às regras de negócio num "clique mágico", quero ver ele mudar a cultura da empresa num "clique mágico".
Posted by: Fernando Nogueira | 09/02/2017 at 10:38